Curso de atualização para mediadores e conciliadores é iniciado na EPM

Aula foi ministrada por Fernanda Tartuce.
 
A EPM iniciou hoje (2), em parceria com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), o 1º Curso de atualização de mediadores e conciliadores, realizado de maneira on-line para mediadores e conciliadores cadastrados no Nupemec. A aula foi proferida pela professora Fernanda Tartuce, que analisou o procedimento da mediação e suas etapas.  
 
A mesa de abertura teve a participação da desembargadora Maria Cristina Zucchi, coordenadora do curso, e da juíza Claudia Maria Chamorro Reberte Campaña, professora da EPM. Com 705 matriculados, distribuídos em 131 comarcas, o curso atende ao disposto no artigo 7º, V, da Resolução nº 125/10 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que preconiza a capacitação, treinamento e atualização permanente de magistrados, servidores, conciliadores e mediadores nos métodos consensuais de solução de conflitos.
 
Fernanda Tartuce iniciou a exposição falando a respeito dos aspectos primordiais para a aplicação proveitosa da mediação: a seleção apropriada do caso, o engajamento dos envolvidos, a plena compreensão acerca da lógica negocial, a observância dos princípios aplicáveis e a adequada utilização das técnicas disponíveis. “Nós mediadores recebemos pessoas com níveis diferentes de confiança e de persuasão. Não dominamos o mérito do caso, mas devemos buscar a melhor aplicação dos procedimentos e técnicas. Para engajar em uma negociação, a pessoa precisa se convencer de que é interessante negociar sobre a situação”, disse. 
 
Em seguida, apresentou as principais diferenças entre as modalidades contenciosas e não contenciosas, segundo o psicólogo e mediador Juan Vezzulla. Enquanto no contencioso as partes se enfrentam, o foco é no passado, o procedimento e a decisão ficam a cargo de um terceiro; na modalidade não contenciosa as partes cooperam, controlam o processo e a abordagem é centrada no presente e no futuro. 
 
A professora também discorreu sobre os tipos de mediação, facilitativa, avaliativa e transformativa. “No Brasil, costumamos adotar a diretriz facilitativa, em que o mediador utiliza estratégias como o uso de perguntas para favorecer o diálogo, sendo a sua função aumentar e melhorar a comunicação entre as pessoas, para que elas mesmas possam decidir o que é melhor”, explicou. A vertente transformativa não considera etapas, fases ou habilidades, baseando-se em três práticas: seguir, monitorar e reagir. Por outro lado, na avaliativa, o mediador emprega estratégias para estimar o que é importante na discussão. “Se entender que as partes precisam de uma orientação qualificada, ele poderá elaborar e dirigir a solução de problemas, avaliando as fraquezas e as forças de cada caso”, completou.
 
MB (texto e fotos)
 


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